Descentralizar e democratizar a cultura são os objetivos que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF apontou como os principais focos do novo edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) BSB Multicultural, que foi assinado nessa quinta-feira (29/4) e consta no Diário Oficial de desta sexta (30/4). Em uma live no canal do YouTube da Secec, o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues; o secretário-executivo, Carlos Alberto Jr.; e o subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura, João Moro, explicaram a base de como funcionará o FAC, quem será contemplado e o que ele significa para a cultura do Distrito Federal.
“Quem estava acostumado a ser excluído vai sentir a diferença, e quem estava acostumado a sempre ser lembrado vai perceber que é uma mudança necessária”, afirmou Bartolomeu Rodrigues sobre o FAC BSB Multicultural. O edital vai disponibilizar R$ 53,6 milhões para 21 linguagens culturais. Segundo a secretaria, esse é o edital mais abrangente que já foi feito para cultura do DF e está utilizando toda a disponibilidade orçamentária que a pasta possui no momento.
A Secec apresentou como principais focos deste edital inovação, sem deixar de lado as políticas culturais de sucesso; abertura de espaço; cobertura de entes que estão à margem do FAC; e abrangência de mais pessoas que lutam pela cultura do DF. De acordo com o subsecretário João Moro, acessibilidade, inclusão e diversidade também fazem parte dos pontos principais do edital.
“Estamos nos esforçando muito para que a descentralização e a democratização da cultura diminuam a desigualdade”, afirma Bartolomeu. Ele compara esse edital a uma ciranda. “Em uma ciranda, mais e mais pessoas vão entrando e vamos segurando uns as mãos dos outros”, destaca o secretário, sobre como ele acredita que esse edital funcionará. “Ninguém soltará da mão de ninguém”, completa o chefe da pasta.
“Hoje, não só a secretaria, mas toda cultura está em clima de festa”, pontua Carlos Alberto Jr. A Secec classifica esse projeto como o maior edital da história do FAC e que é necessário investir em cultura em tempos de pandemia como o Brasil está vivendo. “Se não fosse a arte, sucumbiríamos à loucura”, acrescentou o secretário-executivo.