Este 30 de abril marca o Dia Nacional do Profissional de Eventos. Dia daqueles que trabalham nos bastidores e se entregam de corpo e alma para realizar produções que encantam o público. Esses profissionais, cerca de dois milhões no Brasil, foram severamente afetados pela crise de covid-19.
Há uma expectativa de que a situação do mercado nacional de Eventos se recupere no pós-pandemia e volte a oferecer vagas de trabalho. Atualmente, eventos corporativos em São Paulo, por exemplo, já estão permitidos com 25% da capacidade dos espaços adotando todos os protocolos de segurança sanitária. A retomada gradativa e consciente é um passo inicial para a recuperação de um setor que organiza e recebe quase 600 mil eventos anuais.
No último dia 7 de abril, o PERSE – Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, representado pelo PL 5638/20, foi aprovado pela Câmara e segue para sanção do Executivo e regulamentação. O projeto prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos com o fisco federal, além de medidas para compensar a perda de receita.
Mas a pandemia ainda é uma realidade e as empresas precisam se reinventar para encontrar soluções para driblar a crise. Pesquisa recente da AMPRO, Associação de Marketing Promocional/Live Marketing, constatou que todas as agências entrevistadas acrescentaram ou pretendem acrescentar novos serviços ao portfólio, com destaque para atividades digitais, eventos virtuais e híbridos.
Mas não é fácil reerguer um setor que apresenta uma cadeia enorme, que envolve produtoras de festivais, agências de booking, casas de shows, além de fornecedores e parceiros, que vão do aluguel de equipamentos à logística de transporte e hospedagem. Só no mercado da música, segundo dados de uma pesquisa do DATA SIM realizada no ano passado, 536 de empresas de diversas áreas tiveram seus serviços paralisados. Mais do que a reinvenção, é necessário a retomada.
O impacto na economia nacional é muito grande. O segmento de eventos movimentou R$ 209,2 bilhões em 2013 no Brasil, o que representa uma participação do setor de 4,32% do PIB nacional, de acordo com dados de um levantamento realizado pela Abeoc Brasil em parceria com o Sebrae. Entre o período de 2013 e 2019 estima-se que o setor como um todo tenha crescido em média 6,5% ao ano.