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Prisão de dono de abrigo onde idosos eram mantidos em situação precária é pedida pelo MPPB

O Ministério Público da Paraíba ofereceu denúncia contra o responsável pela instituição de longa permanência para idosos Cuidart, Rodrigo de Araújo Pontes, e a enfermeira-chefe do abrigo, Brenda Louyse Oliveira de Souza.

 

A instituição foi vistoriada pelo MPPB, Vigilância Sanitária e Polícia Militar no dia 5 de abril após uma denúncia anônima e 39 idosos que vivam no local foram encontrados em condições precárias e de maus-tratos foram resgatados.

 

Dos idosos levados para o Hospital Padre Zé, a maioria deles estava em estado de desnutrição, desidratação e até com feridas pelo corpo.

 

Segundo a denúncia do MPPB, ficaram comprovadas lesões corporais de natureza gravíssima numa idosa de 92 anos, que em decorrência, teve um membro amputado. Os médicos verificaram a idosa apresentava lesão corporal de natureza gravíssima, uma necrose no dedo grande do pé com sinais de infecção generalizada, que denotava um quadro agudo que vinha se arrastando há meses e não foi observado pela direção da entidade, nem sequer pela enfermeira-chefe. Conforme a denúncia, esse ferimento era de conhecimento geral da equipe do acusado Rodrigo e especialmente da enfermeira chefe Brendah Souza, que tinha ciência de que o dedo da idosa estava necrosado e ainda assim administrava o uso de uma pomada sem a devida prescrição médica.

 

Deste modo, o descaso com o ferimento resultou na necrose, não apenas do dedo, além dos demais dedos do pé esquerdo, causando a imobilização do joelho e levando à amputação do membro inferior esquerdo.

 

Cuidadores da entidade ouvidos durante o inquérito informaram que a idosa foi admitida no abrigo em novembro de 2020 e que foi ferida no dedo do pé pela conduta da enfermeira Brendah Souza.

 

Dos 39 idosos resgatados, 10 acabaram falecendo, sendo três antes da interdição e sete dos que estavam internados no Hospital Padré Zé.

 

O abrigo foi interditado e o dono foi indiciado pela Polícia Civil por maus-tratos e outros crimes. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado após audiência de custódia.

 

A promotoria de Justiça requereu ainda a prisão preventiva de Rodrigo Pontes por resguardo da ordem pública e risco de fuga.

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